As Educaredes & As Tropas de Edutenimento

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NB: Deixei essa nota inacabada, sendo a preguiça minha guia espiritual constante …

Tudo começou com o caso de Veja, por Luís Nassif.

Entre outros casos infames, o jornalista denunciou a revista Veja por causa de um ataque selvagem contra um concorrente no ramo de livros escolares, a COC.

No dia 13 de junho de 2007, a revista investiu contra o curso apostilado da COC – sistema privado de ensino. A matéria era sobre a mãe de um aluno que denunciava “conteúdo subversivo ” no material do COC.

O trecho de maior impacto era uma lição sobre “como conjugar um empresário”, efetivamente de baixo nível.

Quando li a matéria, percebi que o tom não era de uma reportagem convencional. Estava mais no campo das disputas comerciais. Nela, se estimulava os pais de alunos a exigirem o fim do convênio. O “prego sobre vinil” de Sabino era muito evidente para qualquer jornalista com um mínimo de experiência.

Se comemora hoje em dia, entre os consultores, esse tipo de «sinergia» entre fins jornalísticos e motivos empresariais. No caso da COC, Aproveitavam-se do «pânico moral» do leitor de classes A e B, corretamente diagnosticado por Nassif como um tipo de neo-macartismo ou neo-udenismo. É um gênero literário na grande tradição de Carlos Lacerda e Paulo Francis.

Mas aí, eu pensei, é o lobby de educação em geral?

O passo primeiro seria obter um rol de jogadores institucionais derivado das suas relações virtuais — tratando os laços mútuos entre o conteúdo divulgado, como se fosse uma rede de citações, de rodapés.

Que tal, então, uma «aranhação» de campanhas online que protagonizam a modernização da politica de educação no País? Já produzimos um análise mais detalhado de uma instância desse lobby no caso da IYF — Fundação Internacional de Juventude, cabeçando essa nota.

Em um arranjo curioso. a faculdade Anhembi-Morumbi doa dinheiro para uma fundação que devolve o dinheiro em forma de bolsas de estudo.

O diagrama acima foi o resultado do «k-vizinhança» de um pŕograma muito ligado à prefeitura, a Ação Educativa.

Afinal, eu descubri pelo menos cinco focos de articulação em rede.

  1. Editora Abril |  Um sem-número de plataformas sociais e de e-comêrcio
  2. Açãõ Educativa | Vários projetos, tal como Observatório da EducaçãoVozes da Educação
  3. Instituto Votorantim | Pareceiro com Fundação Senna
  4. Fundação Senna, Globo | Amigos da Escola
  5. Ashoka | Local e international
  6. Changemakers | Um projeto de Ashoka
  7. Escola de Gente | Instituto C&A, Banco Mundial
  8. Eu Você Todos pela Educação
  9. Todos Pela Educação
  10. Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (CLADE) | Apoio Fundação Abrinq

Esses atores interagem com entidades públicos desde o nivel local até o federal e transnacional,. complicando bastante o análise, embora seguindo nos passos da «aranhã» tem bastante valor heurístico.

Entre os mais importantes entidades públicas ou quase-públicas que surgiu do meu análise preliminar, no entanto:

  1. UNDIME | União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação
  2. CENPEC | Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária
  3. De Olho nos Conselhos | Projeto conjunto das CEs Estaduais e Municipais de S. Paulo

UNDIME revela ligaçoes com doadores nacionais e transnacionais. Amigos da Escola é apoiado pela Globo, tal com Faça Parte, uma plataforma socials mobilizando o navegante para vários movimentos envolvendo crianças.

Amigos recebe apoio de um universo fechado de doadores que deve ser familiar ao observador cuidados do setor de filantropia.

Os doadores fazem dublé de anunciantes, parece. Eis a estratégia já consagrada no ramo de CSR, ou seja, responsibilidade social empresarial.

São essas negociações que interessam. Nessa rodada da aranha, por exemplo, são vários os sinais de colaboração entre Abril e Telefonica no ámbito de marketing à juventude — Campus Party, o movimento de «encampamentos», a propaganda para marcas juvenis como MTV e Discovery, GQ e Supervaidosa e Rolling Stone.

Ática, Scipio e o Civita Vitorioso

O mais intrigante desses atores, porém, parece ser a Abril.. Foram montados pelo menos sete comunidades virtuais levando a marca Ática Scipione, a editora pedagógica da empresa. São

  1. Ser
  2. Comunidades de Praticas
  3. Apoio Escola
  4. Eu Amo Educar
  5. Portal Pedagógico
  6. Educar Para Crescer
  7. Nova Escola

A filantropia da produtora midiática também aparece entre os nomes dos patrocinadores do trabalho de Ação Educativa e …

[[ … essa nota está em obras …]]

ONGs Sem Fronteiras

[[ … essa nota está em obras …]]

Interessante é observar o crescimento da rede Record nesse ambiente. Não sei mas meu chute seria que a Record está forçando a Globo a dividir a torta de receitas da propaganda.

Um resultado auxiliar dessa experiência no analise de redes, entretanto,  foi que o método de colecionar dados foi um sucesso: antecipou a lista publicada no site da Fundação Victor Civita de parceiros, além de refletir a estrutura da coligação. O rol da seleção segue, com anotações marginais …

  1. Alfabetização Solidária | Ruth Cardoso, PSDB
  2. Bovespa
  3. Cereja | Projeto de AlfaSol
  4. Cosac Naify |
  5. Editora Ática | Abril
  6. Editora Scipione | Abril
  7. EDP | Doador-Anunciante (?)
  8. Fundação Bradesco
  9. Fundação Cargill
  10. Fundação Educar Dpaschoal
  11. Fundação Telefônica | Educared
  12. Gerdau
  13. Instituto EcoFuturo
  14. Instituto Ressoar
  15. Instituto Sangari
  16. Instituto Unilever
  17. Intel
  18. Itautec
  19. Jornal da Tarde
  20. MAM
  21. Microsoft
  22. OSESP
  23. Rádio Bandeirantes
  24. SESI
  25. Softway
  26. TV Cultura
  27. Verdescola

Vároas ações dos governo municipal e estadual passam pela ONG Nossa SP, segundo um análise da sua «ecologia».

Muitas vezes é possível extair dos dados o nome da agência que montou a campanha. A campanha Mobilize parecer ser tocado pela Ernst & Young, por exemplo.  Fique observando o número suficiente de sites: você passará a reconhecer a «assinatura» dos publicitários e marqueteiros em termos de «design» e também de estratégia.

A agência Enkel aparece como consultor da ABONG, a Ação Educativa, e o SESC-SP, além do Movimento Cidadania,  por exemplo.