02BRASILIA4227 | Os Mil Anos do Otto Reich

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Cortejo do governo PT aos EUA — Portal ClippingMP | A reportagem é de O GLOBO de hoje.

Pouco mais de um mês antes de sua posse e sob o olhar atento dos mercados, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seus principais assessores demonstraram que o futuro governo de esquerda no Brasil seria mais alinhado com os Estados Unidos, na continuação de um esforço de se distanciar do venezuelano Hugo Chávez e do cubano Fidel Castro, segundo a percepção do Departamento de Estado americano, revelada nos documentos do WikiLeaks aos quais O GLOBO teve acesso.

Nossa, que furo de reportagem por parte de O GLOBO.

Estou lendo o mesmo telegrarma, lançado ainda hoje, e não estou vendo onde o texto dele chama Mercadante, por exemplo, de “radical.” Fala do “passado radicalismo” dele.

A matéria do Globo cola tanto do texto do telegrama original que chega a ter os mesmos subtítulo.

Melhor simplesmente traduzir o texto em questão, que aliás fala por si.

Numa reunião em novembro de 2002 entre Otto Reich, então subsecretário de Estado para o Continente, e Lula, José Dirceu, Antonio Palocci e Aloisio Mercadante, os petistas mostraram a participação no Fórum de São Paulo como uma tentativa de dar um exemplo democrático ao continente; disseram que grupos que operam fora do processo democrático, como as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), não lhe interessavam; ao mesmo tempo em que prometiam uma diplomacia dura.

O que eu quis apontar, para acrescentar contexto ao episódio, é que esse tal de Otto Reich teve a grande sorte de ocupar uma posição de destaque dentro da diplomacia norte-americana em vez de uma cela num presídio federal, por atos e omissões durante seu tempo como Ministro de Propaganda Ilegal — chamada no caso de Diplomacia Pública.

É uma vergonha mandar um antidemocrata criminoso como o gerente de vendas da nossa democracia Made in the U.S.A.

Explico.

A universidade Geoge Mason mantém um arquivo com documentos sobre o episódio, que resume-se, em parte, assim:

O  Controlador-General dos EUA, indicado pelos Republicanos, determinou que certas atividades do  gabinete de diplomacia pública foram “atividades proibidas de propaganda clandestina,” que foram “muito além dos limites de uma diplomacia pública adquedada….” A mesma carta do dia 30 de Setembro de 1987 concluiu que o gabinete de Reich violou “a restrição no orçamento annual do Departamento de Estado vedando o uso de dineiro público para publicdade ou propaganda não autorizada pelo Congresso.”

O relatório da CPI do Caso Irã-Contras concluiu que o trabalho do gabinete não passava de propaganda e lobbying para interesses especiais, paga pelo contribuinte.

A assessoria da comissão de relações estrangeiras do Congresso concluiu que

“agentes veteranos da CIA com experiência em operações clandestinas, junto com especialistas em informações e operações psicológicas do Departamento de Defesa, foram essenciais ao estabelecimento do gabinete de Reich e participavam num programa de propaganda e operações psicológicas domésticas operando dentro de um gabinete escuro do State que respondia diretamente ao National Security Council, driblando os canais convencionais…. Utilizando contratros irregulares, sem licitação ou leilaõ, o S/LPD criou uma rede de pessoas e organizações comandada pelo Col. Oliver North e autoridadaes do NSC e S/LPD.  Estes indivíduos doaram dinheiro para influenciar os votos de congressistas e a mídia doméstica.  Esta rede canalizava dinheiro a contas nos Caimãs ou a contra secreta Lake Resources, na Suiça, que ficava á disposição pessoal de Oliver North.

E aqui vocês reclamam do abuso da ABIN pela Polícia Federal — à qual é capacitada a render ajuda e apoio.

Mais simplesmente, conduziram uma política externa paralela com dinheiro público, gasto para impressionar o público com o perigo dos Sandinistas e pressionar o Congresso a votar em favor de apoiar os Contras. O Congresso não quis.

Forjaram editoriais supostamente da autoria de Contras importantes e praticava a grande arte de reportajabaganda perante a imprensa de “qualidade” com dinheiro público — tratando o público domeśtico com se fosse o inimigo interno, precisando de indoutrinação.

O Congresso recusou, congelando apoio militar à guerrilha, mas Reich & Cia. insistiam. E deu que deu.

Pessoas acabaram presos, como o Col. North — hoje radialista neoconservador em rede nacional.

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WikiVazada | Melhoras na Polícia Mata-Morre?

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Alemão 2007

Recentemente, o colunista Wálter Fanangiello Maierovitch fez o balanço da ocupação do Complex de Alemão e achou que entre o massacre de Caradiru e hoje, as coisas melhoraram.

Um telegrama do Consulado, Rio de Janeiro, divulgado ontem, também pergunta: “A programa de pacificação nas favelas do Rio respeitam direitos humanos?”

A resposta é sim, no caso das UPPs, embora observa-se que o fato vai na contramão das tradicões da “polícia que mais mata e mais morre.”

RESULTADOS BONS EM FAVELAS PACIFICADAS …

Representantes de direitos humanos e grupos comunitŕios apoiam, em geral, a program de pacificação, dizendo não ter testemunhados nenhumas mortes relacionadas com os 450 agentes da UPP patrulhando as favelas. Rafael Dias de Global Justice, uma das ONGs mais prestigiosas de Rio de Janeiro, nos informou dia 1 de dezembro que as UPP tem sidos positivas no que trata de direitos humanos, confirmando a ausência de mortos pelos agentes das UPP officers desde que o município estado lançaram o projeito um ano atrás. (Anote-se: até agora, quatro favelas foram “pacificadas” eliminando o tráfico e começando a oferecer serviços básicos. O tráfico continua em uma quinta favela, que recebera uma UPPP assim como a situação de segurança fica estável. Franciso Marcelo do Observatório de Favelas nos disse dia 30 de novembro que estatísticas de crime — homicídios em especial — são muito mais baixas en communidades com UPP, e serviços básicos como eletricidade e lixo estão melhorndo. Itamar Silva, diretor do Observatório, elogious as UPP também, embora com ressalvas citando a pacificada Santa Marta, onde moradores apoiam a UPP, dizendo que a segurança melhorou de forma dramática.

Li que estão mandado agentes mais jovens, os primeiros a receberm um treinamento diferenciado sob o programa PRONASCI, às UPPs.

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wikileaks_archive.7z | Das Torrentes, Pingos

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Tem pessoas dizendo que estão baixando os arquivos .torrent includios no arquivo wikileaks_archive.7x, sem problemas.

Eu não. Nem com Vuze nem com Transmission nem com Bitorpedo nem com Unworkable nem com rtorrents nem nada.

Estou tentando baixar 3 arquivos que me parecem interessantes.

  1. brasilian-senator-roseana-sarney-estimated-usd-150-mio-in-offshore-trusts.zip.torrent
  2. DICTADURA_MEDIATICA_EN_BRASIL___20_Enero.doc.torrent
  3. LULA__ETANOL__AGENCIA_AP__BRASILIA__14M.doc.torrent

Este da Roseane supostamente possuir $150 milhões em fideícomissos no Caribe teve escassa menção ultimamente, acho que foi pela Época, mas sem detalhes.

A revista aponta com certa razão que até sabermos das fontes, não havemos de entrar em chilique. Vai ver que algum diplomata-calouro reproduziu o que leu na Veja.

Tem um arquivo chamado

  • steve-jobs-hiv.torrent

mais não pode-se inferir quase nada, apenas que alguém levantou a pergunta.

O relatório podia ser um desementido cabal.

A inclusão na lista de documentos não-sigilosos sobre os trotes sofridos por calouros da fraternidde Lambda Chi Alfa eu não sei explicar.

Não entendo como eu podia baixar as torrentes no início embora não consigo mais. Não atualizei o sistema, muito menos mexi com configuraçãoes de rede.

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A Aranhação da Filantropia Global | Novos Dados

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Agora que tenho uma máquina um pouco mais poderosa, está sendo mais facil configurar e rodar minhas “aranhações.”

No momento, estou rodando um levantamento sobre o setor de eletricidade brasileiro, por exemplo. Este pode me ajudar identificar as empresas, associações e lobbies, reguladoras, auto-reguladoras, mídia especializadas, e campanahas de filantropia e publicidade de um setor sobre o qual ainda conheço pouco.

Algumas semanas atrás, eu fiz procedimento parecido com o “setor de filantropia global.”

Utilizei centros de filantropia que apareceram em iterações anteriores para saber quase tinham mais “autoridade” e “centralidade” naquela amostra. Fiz uma exploração preliminária para saber da «vizinhança» destes, e daí derivei uma lista de sementes — acima.

Para validar os resultados, selecionei um projeto sobre o qual tenho bastantes dados independentes, o Association for Youth Movements, que no Brasil patrocina o YouthActionNet.

Faça clique para ampliar as imagens.

Ficou claro que o MOVEMENTS.ORG é tocado pela agência BLUE STATE DIGITAL, agência de marketing político do partido Democrata norte-americano, servindo de contraparte do REDSTATE.COM, dos Republicanos.

Há uma certa hierarquía nas relações institucionais da CIMA que tende a fortalecer a hipótese desenvolvida na minha nota

A IDEX é um novo internauta em minha galáxia de dados. Se diz ser

uma organização sem fins lucrativos de  San Francisco promovendo soluções sustentáveis à pobrez por meio de bolsas e subsídios e accesso a recursos por parte da sociedade civil em  Africa, Asia and América Latina, desde 1985. Começou como o sonho de um grupo de voluntários do Peach Corps, que tinham uma visão alternativa do desenvolvimento global. Perceberam logo que apoio financeiro a grupos pequenos e auténticos da soceidade civil local — ONGs que tinha a confiança do povo e conhecimentos locais — era muitas vezes mais eficiente do que a atuação em grande escala de filantropias tradicionais.

Não sei o que pensar do grupo. No relatório de 2009, fornece uma lista de doadores entre fundações, empresas — Starbucks salta aos olhos — e indivíduos.

Ainda assim, no Formulário 990 de 2009, divulga “não ser uma fundação privada por ser

uma organização que soe receber uma parte significante ou de agências governamentais ou do público em geral.”

Na verdade, o código tributário sobre este ponto vai muito além do meu conhecimento jurídico. Vamos supor que os doadores enumerados no relatório sejam uma lista completa e não inclui agêncis do governo.

Falta, sem embargo, relatórios dos anos 2007, 2008, e 2009, e por isso permanece uma dúvida.

International Donors — o sítio de um grupo se chamando Doadores Sem Fronteiras —  não divulga a identidade de doadores nem relatório financeiro algum.

Algo que emergiu desta análise foi uma perspectiva interessante sobre o projeto Global Voices Online, da responsibilidade do Centro Berkman da Faculdade de Direito de Harvard — clonado pela CTS da FGV aqui no Brasil.

O GVO figura nessa rede como jornaleiro para um complexo de ONGs, mulilaterais e agências governmentais dedicadas ao «desenvolvimento globl de mídias independentes e sustentáveis».

Do WMD — O Movimento Mundial pela Democracia —  já sabemos que trata-se de um tentáculo do National Endowment for Democracy. Três dos financiadores mais conhecidos desse tipo de iniciativa — Ford, Hivos e MacArthur — são representados, e de fato são financiadores do projeto de Harvrd.

Um admirável internauta relativamente novo, para mim, foi o MDLF — o Media Development Loan Fund, capitalizado com um grande leque de doadores governamentais e do terceiro setor, entre eles o Departamento de Estado dos EUA.

Não dá para saber se esta Foundation for Media and Democracy seja o DeWitt Wallace Foundation for Media and Democracy ou a Schumman  Foundation for Media and Democracy — esta última almejada pelo projeto Influência Indevida, observatório de fundações suspostamente promovendo uma agenda “esquerdista.”

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Caos Aéreo | Entre Denver e Dumont

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G1 relata:

É chato com certeza, mais a gente já sofreu pior.

Dos 1.125 voos domésticos agendados até as 12h desta segunda-feira (6) nos principais aeroportos do país, 303 atrasaram mais de meia hora (26,9%) e 50 foram cancelados (4,4%). Entre os 78 voos previstos no período, 13 atrasaram (16,7%) e cinco foram cancelados (6,4%). Os números fazem parte de balanço divulgado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero)

No dezembro de 2009, a American Airlines registrou atrasos médios de 62 minutos nos 24.6% de vôos domésticos da empresa atrasados dentro dos EUA.

A porcentagem do vôos cancelados foi de 2.3%

Os aeroportos campeõs de atrasos nos últimos dias, segundo a G1, foram Galeão e Santos Dumont, este com uma taxa de atraso de 55% e o primeiro, 45%.

Não estou entendendo bem este sítio do governo norte-americano de estatísticas, e assim não consigo identificar ainda os aeroportos campeões de atrasos na decolagem lá em casa.

No agregado, dá para saber, nosso aeroportos mostraram uma taxa de atrasos de entre 18.2% e 24.4% durrante a última decada — descontando o último trimestre de feriados.

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wikileaks_archive.7z | Julius Baer e ANCANAJO

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No endereço

http://wikileaks.ch/file/wikileaks_archive.7z

disponibiliza-se um arquivo compresso com 20.000 arquivos .torrent, um para cada um dos quase 20.000 arquivos e fichas já divulgados. Desempacotado, o arquivo enche uma pasta com 1.720 items, entre arquivos .torrent e subpastas.

Eu consigo finalmente baixar alguns destes arquivos.

Sei lá porque, o Vuze não roda mais na minha máquina, mas Deluge ainda faz o serviço.

Escolho um arquivo fazendo menção do Senador brasileiro Tasso Jereissati, por reconhecer o nome.

A ficha baixada, chamada ANCANA, contem documentso sobre uma conta nos Caimãs do senador, aberta em 1998.

Trata de um fidéicomiso chamado ANCANAJO, sobre o qual não consta muitas informações, apenas que a taxa administrativa é de 0.25% dos bens sob custódia, ou no minímo $3.000 por ano. Deixa ver: $12.000 por ano seria 1.00% do depósito, que multiplicado por 100 seria $1,2 milhões.

Aprareceu pela primeira vez em maio deste ano, em leva anterior dos telegramas diplomáticos wazados — ou seja, wiki-vazados..

Uma planilha feita para registrar as taxas cobradas e despesas administrativs reembolsadas relativas à conta ANCANAJO se encontra vazia. Sem dados de movimentações de fundos, por enquanto.

Eu não tenho a mínima ideia da importância do fato, se bem que tiver.

Mas há vários outros arquivos sobre o Baer que podia explicar o interesse na empressa. Vou baixar e dar uma olhada.

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Transparência da Mídia | Critéria

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Se a Universidade de Maryland.foi capaz de elaborar uma pesquisa sobre a transparência relativa de grupos de mídia em inglês mundo afora, seria possível fazer um estudo paralelo da mídia brasileira?

Teriamos que concordar sobre como quantificar os critérios utilizados, mas sim, porque não?

Estes são dados livremente disponíveis e observáveis.

Alguns poderiam necessitar entrevistas com jornalistas sobre as práticas seguidas dentro da redação.

Avaliam-se cinco categorias.

  1. ERRAMOS:  A vontade de corrigir erros de maneira aberta — O veículo corrige abertamente e rapidamente, com destaque adequado, seus erros, até quando estes seriam constrangedores?
  2. PROPRIEDADE:  Transparência de propriedade—Fica claro para leitores, ouvintes ou telespectadores quem é dono do veículo?  Divulga-se informações adicionas sobre a empresa-mãe, tal como a propriedade de outras empresa midiáticas e não-midiáticas?
  3. POLÍTICAS PARA PESSOAL DA REDAÇÂO:  Transparência no que trata de conflitos de interesse—O veículo publica os padrões que orientam o comportamento de jornalistas, redatores ou produtores?   Jornalistas podem aceitar um almoço pago por um terceiro? Podem contribuir a um candidato político? Podem cobrar por palestras?  O veículo divulga outros relacionamentos que podiam colocar o jornalista ou a organização na posição de ter a objetividade anublada ou distorcida?
  4. POLITICAS PARA REPORTAGENS:  Aceitar decisões editoriais independentes—e as razões e princípios que as norteiam–com vontade; O veículo informa o leitor sobre o que faz, e por quê?    Quais os padrões para reportagens?:Repórteres são livres para utilizarem adjetivos politizados, tal como “terrorista”? Quando e porque? Quantas fontes são necessárias para considerar um fato adquadamente apurado?  Em geral, o veículo divulga suas regras editoriais  — tal como as regras sobre o tratamento de fontes — e princípos éticos  — tal como o tratamento de matérias envolvendo crianças?
  5. INTERATIVIDADE:  Aberto às críticas e aos comentários de leitores—O veículo tem ombudsman?  Publica cartas à redação ou fornece outras maneiras de interagir com quem recolhe, edita e divulga as notícias, como por exemplo o correio eletrônica de jornalistas e redatores, ou disponibilizando jornalistas e redatores por meio de blogs e bate-papos virtuais ao vivo, ou fornecendo um espaço no sítio do jornal para comentários sobre determinada reportagem?

Um defeito comum de estudos nesse gênero é deixar de levar em conta a coerência de princípios e prática.

Num estudo que eu vi de 2003, por exemplo, sobre o suborno aos jornalistas no mundo inteiro, pesou demais o fato de determinado veículo ter mecanismos formais proibindo a prática. Mas na prática, a teoria é outra. E aqui que teriamos que entrevistar jornalistas para avaliar o quanto tais regras são para inglês ver só.

Portanto, o Brasil saiu muito bem no estudo — um resultado que eu achei pouco realista dado indícios anedotais au gogo de assaltos de fato contra a mesma independência editorial que os grupos de mídia defendem até a morte no discurso.

O demerito geral pelo uso de “bandido” e “marginal” em vez de “suspeito” ainda atingiria grande parte da imprensa aqui, seja dito também, sob a questão de “adjetivizão.”.

A presença de um ombudsman por si só não é nenhuma garantia.

O ombudsman do New York Times é um peso-pesado — altos executivos chegando ao auge da carreira — contratado de fora do Times-Mirror e insistindo na máxima autonomia na letra morta do contrator.

Os ombudsman da Folha são jornalistas mocinhos no meio da carreira, e vem da própria redação da Folha. Presumimos que ainda gostariam de avançar na sua carreira no jornal.

Mais, agora você tem que ser assinante do jornal para acessar a coluna, que aliás desenvolveu um viés notável no sentido de falar dos “delírios” das críticas do jornal.

As redes de televisão brasileiras brincam desencaradamente com o princípio de não expor e explorar menores de idade, utilizando brechas e casuismos.

Vi na Record ontem imagens, em “close,” de um moleque que ameaçou a namoradinha com um revólver, junto com a entrevista com a coitada, gravada por um vidro que levemente distorcia sua imagem. Em qualquer caso, não vi qualquer valor noticioso na história de um episódio sem mortes ou feridos envolvendo estes menores. Foi puro infotenimento.

A prática de algumas editoras — de obrigar o alvo de uma campanha difamatória a processar pelo direito à resposta, processo que pode levar anos — é uma das características mais desagradáveis da imprensa nativa.

E como não canso de lembrar, o badalado código de conduto de uma editora nacional das seis famiglias gabava-se de limitar o valor de presentes que empregados podem aceitar aos R$100.

Pense no que deveria ter rolado antes dessa imposição de uma ética ferrena.

O padrão entre nós é $0.

Nadinha. Bupkis, na tradução iídische.

Almoços eu já aceitei, é verdade, na capacidade de redator-chefe com algumas funções de boas relações com a indústria. — e como eu odiava ser chefe!

Me contrataram para ser, não sei o equivalente, algo como “redator executivo” — managing editor.

Era para eu ser o responsável pela logística, como por exemplo a realização de reportagems — quer dizer, chicoteando aquele bando de vagabundos freelancers que viviam me implorando para mais um tempinho — e a diagramaçao e entrega do “livro,” com dizemos, dentro do tempo orçamentado. Era para passar os dias fustigando repórteres no telefone e enterrando a cabela na tela de Quark.

Quando cheguei, o “livro” estava fechando às tres da manhã de sexta-feira.

Cada minuto que a coisa demora custa dinheiro — uma imprensa folgada, as horas extras dos coitados que tinham que nos aguardar para fazer seus trabalhos.

Quando saí, estava fechando às quarto da trade de quinta-feira, como devia.

Tenho orgulho disso.

Após minha contratação, o chefe imediatamente deu a fora, pulando para uma revista chic de capital de risco — hedge funds — que naturalmente quebrou poucos meses depois.

Me deixou com um rombo chocante no orçamento. Ficamos devendo a uma única freelance quase 25 mil pau! O chefe da redação — ou seja, o publisher, que cuidava do lado comercial — passou o tempo todo buscando outro emprego. Não fazia nada, apesar do dinheiro ser sua parte da parceria!

E por final, eu tinha que aparecer.

Odeio aparecer.

Gosto de assistir eventos, sim, mas como observador e não como participante.

O cara me deixou na maior saia justa.

Se houver justiça no universo, sofreu uma auditoria cármica severa depois.

AIN do Dia | Wagner Fontoura

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AIN, vale lembrar, é nossa sigla para Admiráveis Internautas Novos.

O AIN de hoje é o Wagner Fontoura da agência Coworkers — razão social da CABIANCA COMUNICAÇÃO DE MARKETING LTDA — e autor do blog boombust.

Wagner é o «CEO dos Blogs», dizem — integrante de uma turma que inclui

  1. Edney de Souza do Interney
  2. Manuel Lemos do BlogBlogs
  3. Gustavo Forts, da agência «guerrilha» Espalhe
  4. Jeff Paiva, da agência Click

Esbanja o conceito de um anonimato meio sinistro, né?

O BLOGBLOGS é o LSD — latifúndio de samizdat digital — da Abril Digital.

Está fechando as portas.

A Coworkers chamou a minha atenção por ocupar um ponto estratégico — foi um COMPONENT_MAIN_MAIN — numa nova aranhação que eu fiz da indústria de propaganda brasileira, semeada pelas entidades de classe dessa indústria. .

Dentro de uma amostra generosa mais ainda limitada, apresenta o perfil seguinte, dentro de dois graus de relacionamento no modelo “o mundo pequeno.”

A agência naturalmente aponta com orgulho os sítios desenvolvidos por clientes — sempre da mais alta qualidade.

Na verdade, a agência também apareceu na nossa Grande Aranhação No. 1 — enfocando o Instituto Millenium e a tupisfera política do ano eleitoral 2010 , abaixo..

Isso deve ser porque tem como cliente aquela parceria entre a Globo e o Endeavor International, “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”  — ambos os parceiros sendo patrocinadores do Instituto M.

Se a revista divulgue o patrocínio-parceria, eu não consigo achar a divulgação.

A revista e o programa acompanhante de TV começou a vida como uma campanha de publicidade idealizada pelo dono de Professa Propaganda — fato que evita professar.

Veja também

Lá, proponho que a Globo criou uma fachada jornalística para contéudo patrocinado fornecido pela ONG norte-americana, pregadora do evangelho de empreendedorismo e financiada por muito dos grandes anunciantes da revista.

A agência Coworkers, entretanto, guarda algum tipo de relacionamento com o Grupo Publicis — para ser apurado. A AG2, por exemplo, é na verdade AG2 Publicis Modem — embora não consta na lista de colaboradores do grupo no Brasil.

Tipicamente uma agência com este perfil trabalhará como subcontratada de uma uma agência maior –este por sua vez contratada por outra agência do seu grupo —  ou talvez como uma agência do mesmo grupo, mas afastada da matriz por uma ofuscação do laço.

Uma vez que lida com mídias sociais, a vantagem dessa estrutura vem da separação da campanha viral e o autor da mensagem promovida. Aplicando o método Faith Popcorn, não é para o recipiente da mensagem saber que ela é patrocinada sem fazer o trabalho de investigá-la.

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Wazamentos | Conta Suiça

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WikiLeaks mudou para um endereço na Suiça, WIKILEAKS.CH.

O Azenha disse que falou diretamente com o Julian Assange sobre a divulgação dos 2.855 documento referentes ao Brasil.

O W$J informa:

O nome de domínio wikileaks.org estava fora do ar nessa sexta-feira após a retirada de serviços de DNS — pelo fornecedor de nomes, EveryDNS.net. O ministro de indústria da França, entretanto, disse o país pretende impedir outra empresa, OVH SAS, de hospedar o WikiLeaks, que pintou de “criminoso.”

Mais ainda, o WikiLeaks, dizem, divulgou o endereço numérico do sítio, que dispensa dos servidores de nome — estes que forecem o CPF de determinado nome de domínio.

O anfitrião é um tal de PeriQuito AB. Este me passou ao endereço

Este é o anfitrião francês do projeto, OVH — agora ameaçado pelo governo de Sarkó — o segundo presidente mais baixinho do mundo desenvolvido.

Quando dos telegramas da embaixada de Brasília, as notícias ultimamente tem a ver com o Minstro Jobim e seus tratos com o governo norte-americano sobre cooperação tupi-íanqui.

Somos, além do mais, dois paises que nos apelidamos com nomes de tribos de índios.

A atividade girava em torno de um visita do Ministro aos EUA para negociar os termos de cooperação com o Robert Gates — o Jobim de lá e o único minstro mantido pelo Obama do governo Bush. Eu não estou entendendo porque, é bastante ínédito.

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Elementos Gráficos Para um Balanço da Liberação do Rio

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É muito justo — além de reclamar do estilo BBB-Carnaval da cobertura do evento, que certamente procede — começar a fazer o balanço desta liberação de Rio de Janeiro que está acontecendo, como apontei outro dia.

Uma nota divulgada pela Azenha da Associação de Juizes pela Democracia sobre “crimes cometidos no nome de combater o crime” levanta a bola.

Então, comparado ao passado, como foi? Programas do governo para fomentar uma policia mais profissional e mais ligado aos direitos humanos surtiram efeito?

Não houve notícias de policais mortos, que eu saiba, por exemplo — um passo positivo para “a policia que mais mata e mais morre do mundo.”

Eu quero ver uns bons infográficos sobre a questão, no estilo do Wall Street Jornal — ainda campeão mundial nesse campo.

Olha como o matutino El Universal de México fez o balanço hoje do governo atual federal daquele país, por exemplo — acima. Salários em baixo, violência em alta.

Eu gosto de diagramas estilo “rosquinha” como aquele no meio, sobre pobreza, mas critico a falta de perspectiva histórica — apresenta um momento isolado e não uma tendência.

Este, do OECD, é bem feito: mostra que entre os paises BRIC — menos Rússia e com Africa do Sul — o Brasil tem o menor indício de miséria e anda reduzindo-a na mesma medida que a China — se bem que os números brutos na China são enormes.

Apenas o Brasil reduziu níveis de desigualdade de renda entre os anos 1990s e os dias de hoje.

Quando da liberação do Rio — o Dia D — Rodrigo Vianna demistifica o mito colocando o assunto no nível da testemunha ocular, lá no Escrevinhador Continue lendo